Opa! Hoje começamos com uma coluna e colaboradora novas. A Izabella Cordeiro irá nos apresentar mensalmente estilos diferentes de arte e suas história. Bem-vinda! E quem quiser conhecer o blog dela basta vir aqui.
Arte abstrata não são um monte de rabiscos feito em uma tela, elas tem significado, sentimento. É normal as pessoas verem a arte abstrata como algo feio pois só acham beleza naquilo que os foi dito que é belo. Por exemplo, uma árvore cheia de folhas verdes e flores coloridas é linda, já aquilo de um dia foi cheio de folhas e hoje é seco, preto e marrom é considerado feio. Se virar a cabeça de lado verás como os galhos secos dançam e se contorcem, como se entrelaçam traçando um trajeto até a sua ponta fina.
É possível ver beleza num tronco morto, mais belo ainda quando morre envelhecido.
Quadros abstratos são como a árvore. Para muitos a beleza de um quadro está naquilo que é exatamente retratado da forma que é. Copiar o rosto de alguém como uma xerox colorida é lindo, pois está o mais perto possível do original, porém são apenas cópias do perfeito de modo imperfeito. Quadros abstratos representam um sentimento de algo perfeito representado de modo imperfeito, assim a arte abstrata vai além de apenas olhar e sim de sentir, interpretar e entender de modo particular.
Um pintor de obra abstrata não risca a tela com tinta. Há uma seleção de cores, uma direção para onde aponta seus traços, é tudo calculado e feito detalhadamente para ser “perfeito”. Séculos atrás um artista que pintava telas abstratas eram mortos pois considera-se que eles eram possuídos por demônios e que as suas eram obras demoníacas.
Particularmente nos tempos de hoje deparamo-nos com esse tipo de comportamento. Claro que não irão queimar ninguém por pintar quadros (assim espero), mas há uma grande desvalorização do mundo artístico, principalmente daqueles artistas desconhecidos, seja da musica, da escrita, da pintura. Acho que a compreensão vem seguida do respeito e aceitação dando fim a um preconceito. Isto funciona para os quadros abstratos, quando paramos para observar e tentar entender o que eles representam.